Freire Gomes diz ao STF que "minuta do golpe" previa prisão de autoridades 503w1f

04/06/2025 05h37 - Atualizado há 3 dias

Em depoimento, ex-comandante do Exército afirmou que última versão que viu do documento fazia referência a prisões e acredita que uma delas seria a do ministro Alexandre de Moraes 4vy32

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General Freire Gomes • Isac Nóbrega/PR

O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, afirmou em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a chamada “minuta do golpe” fazia referência à prisão de autoridades públicas.

Freire Gomes foi questionado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, sobre a existência de ordens de prisão em versões do documento apresentadas aos comandantes das Forças Armadas.

Ele respondeu que a primeira versão não previa detenções, mas que, posteriormente, o texto foi modificado. Segundo ele, na última versão vista havia menções à prisão de autoridades, ainda que sem nomes específicos.

Ao ser perguntado se lembrava quem seriam os alvos, Freire Gomes respondeu: “Não foi nominada. Eu acho que, no caso, era o ministro Alexandre de Moraes”.

Veja transcrição

MINISTÉRIO PÚBLICO - Tá bom. Em alguma dessas versões de decretos, de atos de ruptura institucional, era determinada a prisão de autoridades públicas, previsse a prisão de autoridades nominadas?

FREIRE GOMES - Não, no primeiro documento que nos foi apresentado, nesse primeiro estudo, não se falava desse assunto. Posteriormente, foi aprofundada aí a questão de GLO e tudo mais. E, eventualmente, no último contato que nós tivemos com esse documento, que nós tomamos conhecimento, fazia referência, sim, de alguma coisa com relação à prisão de autoridades.

MINISTÉRIO PÚBLICO - O senhor se lembra que autoridades eram essas?

FREIRE GOMES - Não, não foi nominada. Eu acho que, no caso, era o Ministro Alexandre de Moraes

João Rosa, da CNN, São Paulo